Logo após a aprovação na Câmara dos Deputados, o Senado Federal também derrubou o decreto presidencial que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações de câmbio, seguros e créditos para empresas.
A votação ocorreu de forma simbólica e contou apenas com os votos contrários do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Democrático Trabalhista (PDT). O líder do PDT, senador Weverton, também se manifestou contra a derrubada.
Ao final da sessão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou que a principal motivação para o resultado foi a ausência de diálogo entre o governo e o Legislativo:
“Esse decreto começou mal. O governo editou um decreto que foi rapidamente rechaçado pela sociedade brasileira. Hoje, há uma demonstração clara de que o Poder Legislativo está conectado com os desejos da população”, afirmou.
Alcolumbre ainda ressaltou que o Congresso tem apoiado a maioria das propostas do Executivo, mas reforçou que, nesse caso, não seria possível sustentar um aumento de impostos. A derrubada do decreto é vista como um recado político ao Palácio do Planalto sobre a necessidade de maior articulação e respeito ao processo legislativo.
