A Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira viveu uma semana marcada por medidas inéditas adotadas pelo presidente da Casa, Vicente Zuza, conhecido como Vicentinho. A decisão mais comentada foi o encerramento do grupo institucional de WhatsApp dos parlamentares, motivada por um crescente clima de tensão e pela troca de acusações entre os vereadores Mário Martins e Edson do Cosmético.
De acordo com Vicentinho, o grupo, que tinha como objetivo facilitar a comunicação e agilizar o trabalho legislativo, acabou se transformando em palco de embates e discussões acaloradas. “Estava demais. A ideia era ter um canal institucional de diálogo, mas infelizmente virou espaço de ataques pessoais”, afirmou o presidente.
Além do fim do grupo, outra decisão surpreendente foi a suspensão das sessões legislativas por uma semana. O presidente justificou a medida como uma oportunidade para que os parlamentares reflitam sobre sua postura e responsabilidade dentro da Casa. “A Câmara é um espaço de debate, sim, mas precisa ser conduzido com respeito e equilíbrio. Suspendemos as sessões para que cada vereador possa pensar sobre sua atuação e sobre o papel que desempenhamos diante da população de Afogados”, explicou.
A medida, considerada inédita, gerou repercussão na cidade. Para alguns, o gesto demonstra firmeza da presidência no comando da Casa, ao tentar resgatar o espírito de respeito e ordem nos trabalhos legislativos. Para outros, a decisão pode ser vista como uma espécie de “punição coletiva”, já que impacta o andamento das discussões e projetos em pauta.
O episódio reacende o debate sobre os limites da convivência política e a necessidade de se preservar o ambiente institucional, principalmente em tempos em que as redes sociais e aplicativos de mensagem se tornaram ferramentas centrais no dia a dia do poder público.
Com a suspensão temporária, a expectativa é de que a próxima sessão da Câmara seja retomada em um clima mais sereno, com os vereadores conscientes da importância do bom debate em prol da população de Afogados da Ingazeira.
